January 17, 2011

Águas de Março / Waters of March

A casa onde Tom Jobim se inspirou e compôs esse clássico em 1972 foi destruida semana passada junto com toda a área à sua volta durante o dilúvio destruidor que se abateu sobre a região serrana do Rio de Janeiro. Ele se referia à casa como seu "refúgio no paraíso".

A música, em sua versão imortalizada -- interpretada por Antonio Carlos Jobim e Elis Regina em 1974 -- faz menção a fatos corriqueiros da natureza que Tom observava ao seu redor, enquanto tirava férias num sítio no município de São José do Rio Preto: pau, pedra, passarinho, rãs, riachos, o tijolo chegando e, é claro, as famosas águas de março, os temporais que marcam o fim do verão naquela área do Brazil. Esse ano as águas vieram em fevereiro. É a lama, é a lama.


The house where Tom Jobim was inspired and composed this 1972 classic was destroyed last week along with all the surrounding areas during the annihilating downpour that fell on the hills region of Rio de Janeiro. He used to refer to it as his "refuge in paradise."

The song, in its immortalized version -- interpreted by Antonio Carlos Jobim and Elis Regina in 1974 -- mentions trivial natural facts that Tom observed around him, while on vacation in this small ranch in the city of São José do Rio Preto: wood, rock, bird, frogs, streams, the bricks arriving and, of course, the famous waters of March, the storms that mark the end of summer in that area of Brazil. Only the waters came early this year. It is the mud, is the mud.

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