January 1, 2012

Brazil Vital Se Mudou / Brazil Vital Has Moved

Happy New Year! Brazil Vital has launched its new multimedia site and this blog will be no longer active. Please visit the new site!

Feliz Ano Novo! O Brazil Vital lançou seu novo site multimídia e este blog não estará mais na ativa. Não deixe de visitar o novo site!

December 21, 2011

Três Marias Têm Disco Novo

Três cantoras de porte da MPB lançam disco nesse fim de ano, com resultados variados.

A primeira delas é a nova menina-prodígio da MPB, e protegida de Caetano Veloso, Maria Gadú, que explodiu no cenário musical em 2009 com seu disco auto-entitulado. Desde então, havia muita expectativa sobre o sucessor. Gadú foi pra Portugal gravar com Marco Rodrigues – um dos fadistas da nova geração – compôs em inglês e espanhol e conseguiu uma participação especial de Lenine. O resultado disso tudo está em “Mais Uma Página do Mesmo Livro”, lançado essa semana no Brasil. Infelizmente, essa página não acrescenta muito ao repertório de Gadú.



O disco é morno e as músicas não se sobresaem. Onde em seu primeiro disco ela esbanjava personalidade e criatividade musical, nesse Gadú retrocedeu - escondeu-se atrás da poeta, recitando versos ao som da guitarra (fado demais?). Muito bonito, bem produzido e arranjado, mas longe do fogo e exuberância exibidos em seu trabalho de estreia. Onde em seu disco de 2009 ela fazia uma cover incendiária de “A História de Lily Braun” de Chico Buarque e Edu Lobo, aqui ela transforma “Amor de Índio” de Beto Guedes numa romaria interminável. “Oração ao Tempo”, de autoria de Caetano Veloso, já virou tema de abertura da novela das seis, mas não acrescenta nada às várias versões já feitas para essa música. No material próprio, Gadú usa o dadaísmo poético do tio Caetano, mas acaba se levando a sério demais. Em inglês ela é ótima e sua voz “Cássia Eller” combina perfeitamente com seu sotaque yankee.

O que tem de bom: Linha Tênue, Long Long Time

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O disco novo de Maria Rita, "Elo", sofre de muitos dos mesmos males que o de Gadú. Aqui também a energia é baixa, Maria Rita tendo optado por uma série de arranjos jazzísticos lentos que se confundem entre si. Aqui também a produção e os arranjos são esmerados, com vocais cristalinos e competentes, mas em músicas sem um quê especial. Esse é o primeiro álbum de Maria Rita em 4 anos desde seu último (“Samba Meu”) e soa como compromisso contratual (o que aparentemente foi). O disco tem várias regravações: ela desfigura “Menino do Rio” (mais uma de Caetano), depena “A História de Lily Braun” de Chico Buarque e Edu Lobo – que Gadú já tinha feito tão bem e há pouco tempo – e consegue fazer Djavan e Rita Lee soarem chatos. Vamos esperar que o novo projeto de Maria Rita, interpretando a obra de sua mãe Elis Regina, tenha um pouco mais de paixão e energia.


O que tem de bom: Coração em Desalinho (também tema de abertura de novela)

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A outra Maria, a Maria da Graça Costa Penna Burgos, também conhecida como Gal Costa, foi a mais arrojada das 3, ainda que tenha mais de 40 anos de carreira que as duas “novatas”. O que faltou de inventividade às suas jovens colegas, Gal e Caetano (quem mais?) trouxeram à rodo para "Recanto". Sim, o novo disco de Gal Costa é baseado em batidas eletrônicas, mas não espere por nada muito dançante. O disco é dark, meio sinistro, com a voz de Gal iluminando por onde passa, como uma lanterna num quarto escuro. Caetano escreveu letras líricas e mordazes, algumas de suas melhores dos últimos tempos (“Neguinho compra 3 TVs de plasma, um carro GPS e acha que é feliz”) e Gal cantando funk tá bombando.


Mas vai ser difícil ela entrar numa trilha de novela. As músicas são um tanto inacessíveis devido ao experimentalismo digital com sons dissonantes e excesso de barulhos e interferências eletrônicas que muitas vezes distraem da voz de Gal. É como se no desejo de fazer Gal soar futurista, Caetano e Kassim (o outro produtor, que também ajudou Caetano a perder alguns fãs com “Cê” e “Zii e Zie”), acabaram indo longe demais na mesa de efeitos. Mas quando Caetano deixa a voz de Gal ficar em primeiro plano, como em “Mansidão”, uma electro-bossa nova, seu canto continua a encantar e fascinar e até transcender a tecnologia. Os resultados finais são mistos, mas pontos pra Gal por se arriscar a fazer algo diferente e pra Caetano, por continuar sendo Caetano.

O que tem de bom: Neguinho, Miami Maculelê, Sexo e Dinheiro, O Menino

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December 18, 2011

Playlist December 17, 2011



Último programa do ano e com música nova e de talentos brasileiros no Canadá (Marco Castillo, Salviano Pessoa, Valter Barberini & Marisa Oliveira), e muita variedade de sons e ritmos. O Brasil Vital agradecede a todos os ouvintes que sintonizaram na 88.9 FM esse ano e fique de olho no brazilvital.com pra muitas novidades em 2012!

Last show of the year and new music from Brazilian talent in Canada (Marco Castillo, Salviano Pessoa, Valter Barberini & Marisa Oliveira) and a wide variety of sounds and rhythms from Brazil. Brazil Vital thanks all the listeners who tuned in 88.9 FM this year – keep an eye on brazilvital.com for news in 2012!

Gal Costa - Divino maravilhoso
João Donato - A rã
Marisa Monte - Balança pema
Pepeu Gomes - Eu também quero beijar
Luciana Souza - Sai dessa                       
Luiz Gonzaga & Elba Ramalho - Sanfoninha choradeira           
Paralamas do Sucesso - Ska           
Marco Castillo - O Ronco da cuica           
Salviano Pessoa - Ciranda
Bossa To Go - Meio desligado (Valter Barberini & Marisa Oliveira)
Carmen Miranda - Recadinho de Papai Noel           
Daniela Mercury - Maimbê dandá
Rita Lee - Corre-corre

December 14, 2011

Luanda Jones apresenta projeto de inverno em Toronto

 
Luanda Jones nasceu na música brasileira. Seu pai, Luis Moreno, tocou como baterista de Elis Regina, Raul Seixas e Luis Melodia, entre outros. Sua mãe, Irinéia Ribeiro, é compositora de músicas gravadas por Tim Maia, Jane Duboc, and Cauby Peixoto, entre outros. Luanda cresceu nesse meio musical e desde criança já cantava e se apresentava. Hoje, morando no Canadá, Luanda continua a criar música e compartilhar com os canadenses os sons brasileiros que ela cresceu ouvindo. Dessa vez, ela se apresenta no clube de jazz The Trane Studio com convidados.

Para ler o artigo completo visite o OiToronto.ca

Para a entrevista de Luanda no programa Brazil Vital, escute o show dessa semana.

December 11, 2011

Playlist December 10, 2011



Nesse programa tivemos a cantora brasileira residente em Toronto Luanda Jones falando de seu novo projeto e contando um pouco de sua história musical. Além dela Gal, Ivete e Joyce também animaram a noite.


On this show we featured Brazilian singersongwriter living in Toronto Luanda Jones talking about his new project and talking a little bit about her musical history. Besides her we had Gal Costa, Ivete Sangalo and Joyce to round up the night.


Wanda Sá - Tem dó           
Joyce - Tiro cruzado
Rappin' Hood e Caetano Veloso - Rap du bom (Parte Odara)           
Gal Costa - Azul           
Sambista de fé - Galocantô
Luanda Jones - Se segura                                               
Ed Motta - Minha vida toda com você
Ivete Sangalo - Empurra empurra

Vem aí

English

A convidada do Brazil Vital, Luanda Jones, canta na quarta-feira (14 de dezembro) com Sinal Aberto, um quinteto de jazz com músicos brasileiros e do Canadá. O grupo traz uma abordagem de jazz a um repertório composto de clássicos da música brasileira de Antonio Carlos Jobim, Chico Buarque, Djavan, Pixinguinha, Cartola e outros, bem como vibrantes composições originais de membros da banda como Gordon Sheard e a própria Luanda.

21:00 hs no Trane Studio, 964 Bathurst St.



A dupla Sintonia Carioca toca seu samba suíngue no sábado (17 de dezembro) no La Romana (1206 St. Clair Avenue).



E no domingo, 18 de dezembro, o Lounge Lula apresenta Tio Chorinho e Maria Bonita e Banda tocando forró.

08:00 às Lula Lounge, 1585 Dundas Street West.

December 4, 2011

Playlist December 03, 2011



Brazil Vital Dancin’ Days super dançante com batidas do samba ao funk, ainda novidades e velhos favoritos. E a artista Solange Escostesguy falando sobre o as palestras do Café com Letras.

Brazil Vital Dancin 'Days with dance beats from samba to funk, plus new songs and old favorites. And artist Solange Escostesguy talking about the talks at Café com Letras

Democústico - Vagalume Gilles Peterson Brazilika
Sergio Mendes - Acode (com Vanessa da Mata)           
Ritmos Machine - Brazil
Superhuman Happiness + Cults - Um canto de afoxé para o bloco do Ilê (Red Hot + Rio 2)
Gaby Amarantos - Xirley
Ney Matogrosso - Não existe pecado ao sul do equador           
Sapoty da Mangueira - Samba portador da alegria
Daúde - Casa caiada (Guip de Vomes remix)           
Lulu Santos - Se você pensa           
Seu Jorge - Olê olê           
A Bossa Elétrica - Veja o sol (Spiritual South remix)           
Beth Carvalho - Vou festejar (DJ Zé Pedro remix)            

December 1, 2011

Tecnobrega: O Visual de um Ritmo

English
Gaby Amarantos em sua cozinha
O tecnobrega está se espalhando e se tornando a nova sensação do país. Nascido nas “festas de aparelhagem” de Belém do Pará, a combinação de batidas eletrônicas e letras bregas num ritmo de carimbó encontrou um lar perfeito nas periferias do Brasil a fora e agora se esbalda na ironia dos centros urbanos do sudeste.

Espaçoso e vibrante, o tecnobrega acomoda divas cujo brilho vai do fabuloso ao brega, e quanto mais melhor. Gaby Amarantos é a estrela maior do tecnobrega. Sua versão de Águas de Março de Tom Jobim é um sucesso na internet (e seu co-produtor, o  DJ João Brasil, está preparando a trilha sonora oficial da queima de fogos do Réveillon do Rio de 2012.) Aqui o esperto clipe de Xirley.



A banda paulista ganhou o prêmio popular da MTV esse ano com seu vídeo pra pá lá de tecnobrega Shake de Amor.



O look tecnobrega já se espalha também por outros ritmos, mais um sinal de sua influência (ou perniciosidade). A rapper e MC Flora Matos traduz o tecnobrega para um set mais urbano.



Pra não restar dúvida do alcance do tecnobrega, ele já chegou à Alemanha underground e inspirou o grupo Schlachthofbronx a fazer um carimbó.



E tudo bem, Cansei de Ser Sexy não toca tecnobrega propriamente, mas a banda encarna bem o conceito – e talvez seja essa a razão de seu sucesso no exterior. Aqui vai o último do CSS, já sem o fundador Adriano Cintra, que saiu banda recentemente, deixando Lovefoxx soltar sua diva punktecnobrega.

November 30, 2011

Batidas Brasileiras Esquentam o Fim do Outono Canadense


Nas últimas semanas o Brasil de Toronto teve uma farta opção de atividades culturais que animaram brasileiros e simpatizantes e que puseram em evidência não só a cultura e a música brasileiras, mas também vários talentos locais e diferentes facetas da comunidade na cidade.

Uma Nota

O festival “urbano-tropical” de três dias, criação do produtor cultural Alex Bordokas e do DJ Jason Sanders, trouxe curtas brasileiros, mini-palestras, Samba Elégua, DJ Jerus Nazdaq, Luanda Jones, Banda Maria Bonita, Maracatú Mar Aberto e feijoada para um público faminto de cultura brasileira. E quem foi saiu satisfeito.

Luanda Jones se apresentando no festival Uma Nota

DJ Jerus Nazdaq

A multi-talentosa DJ Jerus Nazdaq, alter-ego da cantora e compositora Jerusa Leão, tem sido presença constante na cena musical de Toronto. Quando ela não está preparando sets cheios de energia e pra lá de dançantes (vide vídeo abaixo), ela está cantando com sua banda de forró Maria Bonita, ou acompanhando o Maracatú Mar Aberto.



 Tropicália

Um grupo de amigos e músicos que se uniram pela paixão ao Tropicalismo e fizeram uma banda que cobre Os Mutantes e outros sons psicodélicos vindos do Brasil entre as décadas de 60 e 70. Detalhe: nenhum dos membros do grupo é brasileiro, mas o som dessa Tropicália também é coeso e cheio de surpresas.

Tropicália se apresentando no espaço Placebo.

Luanda Jones e Thiago Souza 

Outros nomes presentes em diversos meios e eventos ultimamente são o da cantora Luanda Jones e seu pianista Thiago Souza. Juntos eles estão e criando um som diferente, mas ainda familiar a quem curte boa música brasileira. Luanda (que também se apresentou recentemente com o Trio Chorinho) canta originais e clássicos e Thiago tem toda a ginga no piano de um jovem Jobim paulista. Aqui Luanda e Thiago numa recente apresentação no Lula Lounge durante o festival Uma Nota.

Thiago de Souza e Luanda Jones em uma de suas várias apresentações pela cidade

Marcelo Neves

E, é claro, tivemos tambem a épica despedida de Marcelo Neves, o cowboy brasileiro que conquistou o Canadá com seu sertanejo em português. Marcelo volta para o Brasil por tempo indeterminado (leia entrevista), mas encerrou esse ciclo no Canadá com chave de ouro – um disco novo onde ele experimenta musicalmente e um show de despedida emocionante.


Os Neves: Marcelo e o primo Diogo, o rapper D. Snow.

November 27, 2011

Playlist November 26, 2011


Esse programa foi de Di Melo, o “Imorrível”, a The Baggios, nova banda de rock sergipana. E ainda tivemos talento local de Toronto com Guiomar Campbell e música nova de Roberta Sá. Pra coroar tudo, tivemos o Rei com uma música pra esse friozinho que está chegando.

This program went from Di Melo, icon of 70s, to The Baggios, a new rock band from Sergipe. And we had local talent from Toronto with Guiomar Campbell and new music from Roberta Sá. To crown it all, we had a song with the King Roberto Carlos to warm up the cold that is coming.

Vinícius de Moraes - Berimbau           
Roberta Sá - Pavilhão de espelhos                                   
Roberto Carlos - Quero Que Vá Tudo Pro Inferno
Quinteto Violado - Beira de estrada
Silvio Cesar & Meirelles - Samba do carioca
Lucas Santtana e Seleção Natural - Lycra limão           
Di Melo - Indecisão
Guiomar Campbell - Influência do jazz           
Cirque du Soleil - Carimbó da creatura           
Falamansa - Medo do escuro                                               
The Baggios - Aqui vou eu           
Carlinhos Brown - Sambadream (com DJ Dero)

November 25, 2011

Marcelo Neves se despede de Toronto com show

O cantor Marcelo neves é um fenômeno. Não só por sua popularidade nas comunidades portuguesa e brasileira em Toronto, mas também por ser o artista brasileiro de maior sucesso no Canadá, e tocando somente música sertaneja.

Natural de Campinas e no Canadá desde 2004, Marcelo Neves tem uma legião fiel de fãs, e faz dezenas de shows por mês pelo Canadá de costa a costa. Shows como o desse sábado, quando ele abre o espetáculo do cantor Eduardo Costa. Porém, esse show vai ser um pouco diferente dos outros. Essa será a última apresentação de Marcelo no Canadá, pelo menos por algum tempo. Ele está voltando pro Brasil e se prepara para uma nova fase de sua carreira. O Brazil Vital conversou com o cantor, compositor e showman Marcelo Neves.


Como você está encarando essa nova fase da sua vida?

É o fechamento de um ciclo e o início de outro. Confesso que ainda está um pouco confuso na minha cabeça. Apesar de eu ter vivido praticamente 33 anos no Brasil, eu não sei o que eu vou encontrar lá (estando fora há quase 8 anos.) E eu sei muito bem o que eu estou deixando. Foram anos de luta, de muito trabalho, e de muitas conquistas. Eu tenho um saldo muito positivo.

Afinal, porque você está deixando o Canadá? Podemos te esperar de volta, ou esse é um ponto final?

De maneira nenhuma. Pode me esperar de volta sim. Hoje minha vontade é que eu nem queria ir. Infelizmente por motivos de imigração, eu não pude ficar. Quando apliquei pra fazer a imigração, fiz de forma incorreta. Fui mal orientado. Mas estou deixando as portas abertas. A parte burocrática demora cerca de 6 a 8 meses, mas cada caso é um caso. Vou procurar fazer tudo correto dessa vez.

Antes de falar do seu futuro, vamos voltar no tempo um pouco. De onde vem a sua vontade de cantar, de se apresentar?

Na minha família tem muita música. Eu tenho vários tios e primos que cantam e tocam. Lá em casa, meu pai cantava com a minha mãe, ele tocava violão e os dois cantavam. Nos finais de semana e nas festas de família eu cantava junto com meu pai e minha mãe.


Além de seus pais, quais foram suas influências musicais?

Eu não tenho muito o que dizer. Desde que eu me entendo por gente eu só ouvia música sertaneja, não tinha outra. Fui escutar outro tipo de música a partir da minha pré-adolescência. Aí eu curti demais a explosão do roque nacional da década de 80. Lulu Santos, Blitz, eu curti muito. E também curto Maria Gadú e Ana Carolina, não tem como não gostar. Sou fã do Djavan e da Zélia Duncan também, já até cantei música dela no meu show. Pouca gente sabe disso, mas a minha primeira apresentação aqui em Toronto foi cantando pagode! Cantei Só Pra Contrariar: “Domingo, quero te encontrar, e desabafar…”

Até o seu pagode tem um tom de sertanejo.

Já me disseram isso.


Sua popularidade na comunidade portuguesa é incontestável. Como você conquistou esses fãs?

Foi uma coisa muito natural. Aqui (em Toronto) existia, e ainda existe, espaço para artistas brasileiros. Eu não tinha ideia de como era a comunidade portuguesa. Eles curtem muito música brasileira, especialmente música sertaneja. Talvez pelo ritmo, pela forma de dançar, existam semelhanças pra eles em Portugal. Quando eu mostrei o material que eu tinha gravado em 2005 pro Davi (Rodrigues, seu produtor), ele falou “é isso que a comunidade está precisando.” E eu apostei nessa ideia.


Conte um pouco sobre seu CD novo, “Nunca É Tarde Pra Recomeçar”. Um título profético.

Pois é, que loucura. Esse é o nome da primeira música que eu gravei pro disco, e realmente eu não sabia o que ia acontecer com a minha vida, mas tem tudo a ver agora. Eu já tinha lançado cinco CDs, todos mais ou menos no mesmo estilo. Eu queria fazer algo um pouco diferente, mas me deu um branco. Eu não sabia pra onde ir. Aí eu resolvi experimentar algumas coisas. Em uma das músicas, tem um pouquinho do que acontece lá no Brasil, tem a onda do kuduro de Portugal e Angola, um pouquinho de country norte-americano que eu adoro e até uma bateria de escola de samba. Ainda tem uma introdução de acordeão, tipo bailão mesmo. E o meu primo Diogo (o rapper D. Snow) gravou uns versos de rap em inglês. Nessa eu experimentei geral.

No disco novo você também canta com seu pai, que já é falecido. De onde surgiu essa faixa?

É uma música que ele gravou numa fita cassete em 1977. Minha mãe achou a fita e tem eu lá cantando com ele quando eu tinha 7 anos de idade. Rapaz, deu um trabalho pra botar essa fita no andamento certo! Depois foi feito um arranjo em cima do que foi transferido digitalmente e depois eu cantei. Era uma música do Léo Canhoto e Robertinho. Eu já tinha cantado com minha mãe no CD anterior.

Que memórias você leva do Canadá?

Eu tenho uma história muito comprida aqui. Desde os tombos que eu levei na neve até meus dois discos de ouro. Mas o que marca mais mesmo é quando pessoas de todas as idades vêm me abraçar e dizer que eu vou fazer falta aqui. Isso não tem preço. Minha melhor recordação do Canadá é ter conquistado esse espaço no coração das pessoas.


O que você está preparando pra esse show de despedida?

A gente está preparando novidades, algumas delas eu nem sei se vou ter condições de fazer. Já fizemos um show no dia 5 na Casa da Madeira e muita gente já se despediu de mim ali. Já foi uma carga emocional muito grande. Nesse show eu vou tentar cantar com meu pai, como eu faço no CD novo. Eu vou tentar fazer isso ao vivo, mas tenho um plano B se eu engasgar.

Recentemente, uma festa beneficente arrecadou C$2,500 por um de seus chapéus num leilão. Quantos chapéus de cowboy você tem?

Vai querer leiloar mais? Tenho 12. Estou levando 9 pro Brasil.


Marcelo Neves se apresenta no sábado, dia 26, no Ukranian Cultural Center às 9 da noite abrindo o show do cantor Eduardo Costa.

November 19, 2011

Playlist November 19, 2011


O programa de hoje teve um pouco de tudo, até sertanejo! A gente conversou com o cantor Marcelo Neves, sensação sertaneja no Canadá, sobre sua partida para o Brasil e seu show de despedida.

Today's show had a bit of everything, even Brazilian country! We talked to singer Marcelo Neves, Brazilian country biggest star in Canada, about his departure to Brazil and his farewell show.

Dani Gurgel - Bate pilão (com Rafa Barreto)
Maria Gadú - Laranja           
Só pra Agradar - Samba no pé           
Comadre Florzinha - Roseira di           
Alcione - Potpourri Jorge Ben           
Da Cruz - Tschu tschu
Marcelo Neves - Vai tremer o chão           
Orquestra Popular da Bomba do Hemetério - Cabelo de fogo

November 13, 2011

Playlist November 12, 2011


Depois de tantos especiais, voltamos à programação normal no Brazil Vital, com um pouco do melhor da música brasileira de todos os tempos. Tivemos música nova da Marisa Monte, sucesso antigo de Lulu Santos e até um pouco de tecnobrega.

After so many specials, today we go back to the regular programming at Vital Brazil, playing some of the best of Brazilian music of all times. We had a new track from Marisa Monte, and old Lulu Santos’ hot and even a bit of tecnobrega.

Elis Regina - Corrida de jangada
DJ Dolores - De dar dó
Fausto Nilo - Bloco do prazer (com vários)
Bangalafumenga - Todo dia           
Maracatu Nunca Antes - Nunca Antes tá na rua           
Jorge Ben - Ponta de lanca africano
Lulu Santos - Tempos modernos           
Gaby Amarantos - Águas de Março (com DJ João Brasil)           
Tania Maria - Vireivolta           
Os 3 Brasileiros - Linda em noite linda                       
Edil Pacheco - O samba pra mim é rei                       
Zélia Duncan - Nem tudo (Ao vivo)           
Lu Horta - Comigo mesmo (DJ Lúcio K remix)           
Marisa Monte - Hoje eu não saio, não            

November 8, 2011

Gilberto Gil em Toronto

Ontem à noite Gilberto Gil fez a palestra "The Power of Arts" na Faculdade de Arte e Design de Ontario. A escolha pareceu inusitada, mas a escola tem um ciclo de palestras com artists convidados da China, da Índia, e do Brasil (pilares dos países emergentes). Gil falou (ou leu) por 40 minutos, mas seu inglês excessivamente intelectualizado no papel e confuso de ouvir pela pronunciação enferrujada do ex-ministro, deixou a platéia um tanto perplexa.

Sua mensagem principal foi usar as novas tecnologias digitais para criar arte, pois cultura é o centro de nossas vidas. Até aí nada de novo; mas foi quando o professor Gil deu espaço pra perguntas da platéia que o nosso Gil veio à tona. Falando sem script, Gil ficou mais à vontade, saiu detrás do pódio e falou sobre seu projeto dos Pontos de Cultura no Brasil, falou do seu Cérebro Eletrônico e filosofou sobre coisas que são e não são ao mesmo tempo. No final, puxou uma guitarra e cantou Aquele Abraço num estilo João Gilberto pra uma platéia que cantou praticamente em uníssino com ele, e ainda mandou aquele abraço pra "todo povo brasileiro em Toronto."
Como a apresentadora da palestra mencionou, Gilberto Gil é "um músico brilhante, fantástico estrategista político, um ambientalista heróico e um visionário da era digital," mas vai sempre dizer mais e melhor cantando sua música.
Fotos: Eric Major

November 6, 2011

Ganhe o CD "New Brazilian Beat" - Win!


O selo Afro:Baile Records do DJ Seduce e o Brazil Film Fest lançaram um CD em edição limitada para celebrar o festival desse ano e para apresentar um pouco do som do Afro:Baile. São 11 faixas que percorrem ritmos do baião ao rock, do funk a bossa e da eletrônica ao samba. Esses são artistas independentes no Brasil, criando o som de hoje do país.

November 5, 2011

Playlist November 05, 2011


Hoje nosso Brazil Vital Dancin’ Days teve a presença do DJ Seduce que nos brindou com um set especial misturando artistas que ele lança pela gravadora dele, que é uma das únicas gravadoras independentes de música brasileira nos Estados Unidos, e também algumas das suas preferidas. 

Pra ganhar um CD sampler da gravadora Afro:Baile, click aqui.

Today our Dancin 'Days special had special guest DJ Seduce who gave us a special set featuring artists that he releases through his record label, which is one of the only independent Brazilian music labels in the United States, and also some of his favorite songs. 

To win a CD sampler of the label Afro:Baile, click here.

Kátia Rocha - Santo brasileiro (Afro: Baile Records)
Monobloco featuring Tim Maia - Imunização racional (Que beleza)           
Partido Leve - Preta (Afro: Baile Records)
Daniella Firpo - Aprendi a me amar (Afro: Baile Records)
Pretas Duet - Respeite-me           
Seu Jorge - Samba rock           
Sergio Mendes - Magalenha
Euterpe - Gogó do nego (Afro: Baile Records)
Hélio Matheus - Eu, réu, me condeno           
Sambaguru - Tribo Ghandista (Afro: Baile Records)
Marcos Valle - Estrelar           
Micheline Cardoso - Gema (Afro: Baile Records)

Brazil Film Fest Presents "New Brazilian Beat"

(English below)
Por ocasião do 5 º Brazil Film Fest, em Toronto, os organizadores do evento e DJ Seduce, do selo Afro:Baile, fizeram uma coleção de músicas da gravadora que melhor definem o som da Afro:Baile e a cena da música contemporânea independente no Brasil. A coleção é inspirada em parte pelo estado da Bahia, tema do festival deste ano, e apresenta três canções daquele estado. Mas o CD é na verdade um panorama caleidoscópico da música brasileira de hoje que muitas vezes passa despercebida no Brasil. Algumas das músicas são decididamente feitas para importação, mas todas merecem alta rotação começando por Euterpe, cantora de Roraima, e seguida de Micheline Cardoso (uma artista do Rio, que acaba de lançar seu primeiro álbum solo através do selo do DJ Seduce). As 11 faixas vem de outros lançamentos do Afro:Baile – as coleções: Brazil:Sambossica, que começaram em 2008 – e mostram o melhor que Brasil tem para os fãs de sua música descobrirem.

Pra ganhar uma cópia do CD de edição limitada “New Brazilian Beat” clique aqui.


On the occasion of the 5th Brazil Film Fest in Toronto, event organizers and DJ Seduce, of Afro:Baile Records, put together a collection of the label’s songs that best encapsulate the Afro:Baile sound and the contemporary indie music scene in Brazil. The collection is partly inspired by the state of Bahia, the theme of this year’s festival, and features 3 songs from that state, but the CD is really a kaleidoscopic view of Brazilian music today, most of it still unnoticed in Brazil. Some of it is decidedly made for import, but all of it deserves mainstream play, starting with Roraima’s Euterpe, and followed by Micheline Cardoso (an artist from Rio who has just released her first solo album through DJ Seduce’s label). The 11 tracks all come from previous releases from Afro:Baile – the collections Brazil:Sambossica, dating back to 2008 – and showcase the best Brazil has for fans of its music to discover.

You can win a limited edition “New Brazilian Beat” CD by clicking here.

October 29, 2011

Playlist October 29, 2011


Show especial de Halloween com músicas assustadoramente boas e sons arrepiantes além de entrevista exclusiva com DJ Seduce, o homem por trás do selo Afro:Baile, uma das únicas gravadoras independentes de música brasileira nos Estados Unidos e convidado do Brazil Film Fest.

Special Halloween show with spooky music and scary sounds plus an exclusive interview with DJ Seduce, the man behind the record label Afro:Baile, one of the only independent labels of Brazilian music in the United States and guest of Brazil Film Fest.

Os Mutantes - Ave Lúcifer
Vange Leonel - Noite preta           
Zé Ramalho - Mistérios da meia noite           
Zuco - Saci           
João Bosco - Cobra criada           
Sérgio Sampaio - Filme de Terror
Alexandre Trik e Helena Maia – Uirapuru/Foi boto, sinhá           
Ney Matogrosso - O vira           
Tim Maia - Funga Funga                       
Rita Lee - Doce vampiro
Gilberto Gil - A bruxa da mentira (com João Donato)

October 27, 2011

Luanda Jones Open to the World

Amanhã Luanda Jones se apresenta na segunda edição do concerto beneficente Open to the World: A Musical Journey. Os fundos arrecadados irão para a Turtle House, uma organização sem fins lucrativos em Toronto dedicada à criação de um espaço artístico para atender às necessidades das crianças de famílias de refugiados.

Tomorrow Luanda Jones performs at the second edition of the charity concert Open to the World: A Musical Journey. The funds raised will go to the Turtle House, a nonprofit organization in Toronto dedicated to creating an artistic space to meet the needs of children of refugee families.

October 26, 2011

Brazil Film Fest

E começa nessa quinta (27) a quinta edição do Brazil Film Fest em Toronto. Esse ano o tema é a Bahia e o festival vai lançar uma compilação de nova música brasileira pelo selo Afro:Baile Records do DJ Seduce, que será uma das atrações do festival, tocando entre os filmes. Abaixo a lista dos filmes que serão exibidos.

On Thursday (27) the fifth edition of the Brazil Film Fest opens in Toronto. This year's theme is Bahia and the festival will launch a new compilation of Brazilian music by the label Afro:Baile Records of DJ Seduce, who will be one of the attractions of the festival, playing sets between movies. Below is the list of films that will be screened.

OPENING: Ó Paí, Ó - October 27th – Thursday, 7 PM

           
Malu de Bicicleta - October 28th – Friday, 7 PM


Trampolim do Forte - October 28th – Friday, 9 PM


Memórias do Recôncavo - October 29th – Saturday, 5 PM


5x Favela, October 30th – Saturday, 5:00 PM


Como Esquecer, October 30th – Saturday, 9:15 PM


Gisele Omindarewa, October 30th – Sunday 4 PM


Rio Sonata: Nana Caymmi, October 30th – Sunday 6 PM

           
Além da Estrada, October 30th – Sunday 8:15 PM